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É preciso delegar resultados, não tarefas

A capacidade de delegar resultados e não tarefas é cada vez mais fundamental

Pedro Signorelli é especialista “insider” na implementação de OKR em empresas de diversos tamanhos e segmentos, e ministrando palestras e workshops de implementação de OKR

Vamos combinar que o modelo de gestão por chicote tem que ser aposentado de uma vez por todas. É preciso aumentar o nível de confiança na relação líder – liderado, com mais alinhamento sobre o que é prioridade. O processo de adaptação pode demandar algum tempo e alguns ajustes, mas vai resultar em mais autonomia e engajamento dos indivíduos na execução das tarefas, impactando diretamente os resultados da organização, financeiros e de satisfação. O contrário disso implica no aumento de reuniões virtuais que são mais esgotantes do que as presenciais, como já descobrimos.

Não estamos, e não sei se algum dia estaremos, acostumados a um relacionamento estritamente ou majoritariamente virtual. Como entes relacionais na realidade material de nossas vidas, precisamos do contato, da proximidade física com as pessoas, especialmente o olho no olho, que não é o mesmo através da frieza de uma tela. Como estamos agora, é mais difícil captar se alguém do time está com algum tipo de problema que pode, inclusive, afetar seu desempenho profissional. O líder tem o dever de ajudar o colaborador a conseguir explorar o melhor do seu potencial, permitindo, inclusive, que ele exponha suas emoções em momento e local apropriados, se isso, de alguma forma, for bom para ele.

Engajamento é um tema nevrálgico, em tudo e para tudo. Se você é um empreendedor e trabalha sozinho, como é o meu caso, precisa do engajamento daqueles para quem presta serviço, no mínimo! À medida que aumenta a quantidade de pessoas trabalhando em torno de uma agenda, a própria compreensão da agenda e as motivações em torno dela aumentam a complexidade deste processo. Por isso, há diferentes formas de engajar o time e de mantê-lo engajado. Empresas maiores terão um nível de complexidade muito maior do que empresas menores, mas todas terão.

O nível de engajamento contribui fortemente para o sucesso da agenda de negócio e é necessário estar atento aos gatilhos que podem desencadear efeitos colaterais desse processo, como dedicação em excesso, que pode gerar altos níveis de estresse. O primeiro estudo global sobre o assunto revela que 745 mil pessoas morreram no mundo em 2016 de derrame e doenças cardíacas relacionadas a longas horas de trabalho. Esse resultado, que acaba de ser divulgado, é fruto de estudo da Organização Mundial de Saúde em parceria com a Organização Internacional do Trabalho. Além disso, pessoas desmotivadas desmotivam outras e o resultado podemos vislumbrar. Adotar uma forma de administração que estimule de fato o engajamento é um caminho seguro para se alcançar o sucesso, como ocorre com a gestão por OKRs, que tem entre suas premissas envolver mais o time no processo de construção do futuro.

Parte do diferencial do OKR neste processo de engajamento é a forma com que se constróem as metas, além do tradicional top down, com o direcionamento do líder para os liderados, deve se incluir uma perspectiva bottom up, ou seja, a visão do colaborador é muito bem-vinda nesse tipo de gestão.

Feito de qualquer maneira, este processo pode se tornar muito burocrático e gerar muito mais trabalho do que existia antes. É preciso ouvir o time sobre a forma de se atingir os objetivos ou até mesmo sobre quais objetivos devem ser perseguidos. O time participante do processo é mais engajado.

Comunicação com a equipe e a organização

Para se alcançar esse nível de gestão, a comunicação com a equipe precisa estar muito bem alinhada, essa é também uma ferramenta importante da metodologia dos OKRs. A comunicação à distância é ainda mais desafiadora do que a presencial, pois temos menos informações sobre como nosso interlocutor está recebendo a mensagem e se está tendo o mesmo entendimento que você quis passar. Desta maneira, os OKRs como ferramenta de comunicação têm uma parte objetiva que são os KRs, onde se registram os resultados que se quer alcançar.

A distância dificulta a comunicação, então o esforço aumenta. Esta situação em que estamos vivendo faz com que os colaboradores tenham outras atividades, que não só as profissionais, os demandando ao longo do dia. É preciso entender isso e repactuar a forma de atuação. A produtividade sem dúvida cai, e a falta de compreensão disto será um tremendo erro. Empatia é a chave, o que não quer dizer compactuar com atitudes que não devem ser permitidas, como uma licença para o famoso “corpo mole”.

A capacidade de delegar resultados e não tarefas é cada vez mais fundamental. O líder precisa entender isso o quanto antes. Por isso toquei muito aqui na questão do engajamento. Equipe engajada oferece resultados e é isso que as empresas buscam, presencial ou virtualmente.

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/e-preciso-delegar-resultados-nao-tarefas/

 

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Líder comunicador tem papel de destaque na transformação digital e cultural das empresas

André Franco, CEO da startup Dialog, explica a importância dessa comunicação

No momento atual, em meio a uma pandemia, os líderes e gestores tiveram que se reinventar para engajar suas equipes e manter a produtividade, mesmo em um cenário de desânimo em diversos pilares. Mas de acordo com a pesquisa Barômetro da Confiança 2021, da agência global de comunicação Edelman, para 61% dos brasileiros as empresas são as únicas instituições que confiam. Entretanto, para que essa confiança seja conquistada, tudo precisa começar dentro da empresa entre seus líderes e colaboradores. Uma pesquisa realizada pela empresa Dynamic Signal, mostra que cerca de 80% de seus colaboradores que participaram do levantamento, disseram que a ausência de comunicação acarreta em um ambiente estressante de trabalho.

Então, não é novidade que uma boa comunicação dentro de uma empresa é essencial para um ambiente menos estressante e mais harmônico. Para André Franco, CEO da startup de comunicação interna e RH Dialog.ci, é importante que, em meio à transformação digital e cultural que as empresas vêm vivendo por conta da pandemia, os líderes encontrem formas de se comunicar e engajar com seus colaboradores. “A cultura de trabalho já vinha mudando, os colaboradores querem se sentir ouvidos, serem protagonistas. Com o distanciamento social obrigatório, novos canais precisam dar espaço à participação horizontal dos colaboradores. Criar o senso de pertencimento e oportunidades de escuta ativa”, explica.

Além disso, é necessário ressaltar a importância de deixar claro para os colaboradores a cultura e os valores da empresa, para que eles se sintam mais parte do que estão vivendo e realizando. “Os colaboradores devem ter acesso aos comunicados das lideranças e porta-vozes da empresa, para que tenham consciência dos aspectos positivos da corporação. Este alinhamento é de extrema importância para que fique claro aos colaboradores o propósito enraizado na corporação e que eles possam passar adiante para os seus times. Esse entendimento pode resultar na melhor entrega de resultados, além de gerar mais produtividade quando o colaborador estiver imerso na cultura corporativa”, complementa.

A liderança como forma de ligação entre empresa e colaborador

Para lidar com a nova geração de colaboradores, principalmente em meio a uma pandemia, é necessário adaptar-se à forma que eles têm maior propensão de consumir informação e se engajar. Para André Franco, o uso de tecnologia e formatos que se assemelham com redes sociais podem ser boas alternativas. “Acredito que além de atrair colaboradores, estas alternativas geram métricas de alcance, absorção e engajamento para os gestores. Isso porque é um local criado apenas para essa comunicação da empresa, com uma linguagem mais informal, para chegar em colaboradores de todos os cargos”, explica.

Uma boa dica é encontrar os influenciadores internos da empresa, já que todas têm alguns colaboradores que são mais “populares”. “Esse colaborador pode ajudar tanto no processo de comunicação dentro da empresa, quanto engajar outros da equipe. A companhia pode levar esse colaborador para conhecer diferentes setores e unidades da empresa e incentivá-los a postar conteúdos em canais horizontais de comunicação interna, descentralizando a função que normalmente é atribuída a um único departamento, criando assim uma cultura de comunicação horizontal”, sugere André.

Para finalizar, é importante também ressaltar que a comunicação da empresa pode andar de forma integrada com o RH. “As redes sociais corporativas também tornaram possível entregar métricas aos gestores de RH, e ter uma visão clara do alcance, absorção e eficácia dos comunicados internos. Essa é uma ótima forma para que os líderes saibam exatamente onde precisam melhorar sua comunicação e o engajamento de colaboradores. Com a Covid-19, isso também é mais do que necessário para medir como está o interesse dos colaboradores em casa”, acrescenta.

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/lider-comunicador-tem-papel-de-destaque-na-transformacao-digital-e-cultural-das-empresas/

 

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Saiba quais tipos de líderes estão mais valorizados nesse momento

Todos os líderes com quem converso estão passando pelo maior desafio de suas carreiras durante a pandemia. Veja o que o mercado espera deles

Um dos maiores privilégios que tenho na profissão como headhunter é conhecer pessoas e as histórias delas. Além de candidatos, converso também com os líderes e as equipes de direção das companhias para entender as aflições, dúvidas e necessidades das organizações e dos profissionais que querem se recolocar ou se movimentar. Assim, consigo promover melhores encontros entre vaga e profissional, além de ter uma visão mais ampla do mercado.

Nesse período em que grande parte dos profissionais está em home office, as ferramentas online são o nosso principal canal de contato e eu não preciso me deslocar para essas reuniões, sigo por aqui emendando uma conversa na outra. Diariamente, falo com profissionais de diferentes perfis, segmentos e níveis hierárquicos. Aprendo algo novo com cada um deles.

Todos estão sentindo os impactos pela pandemia. Com relação aos líderes, em particular, arrisco dizer que eles estão passando pelo maior desafio da carreira. Digo isso porque não é fácil manter o engajamento da equipe, o nível dos resultados e a sustentabilidade do negócio com tantas incertezas no ar. Já passamos por diversas crises de ordem política e econômica. Mas nunca tivemos um cenário como esse, que é de ordem mundial. Todos os mercados foram afetados. Nesse momento, não cabe aquela história de “se aqui está ruim, posso exportar”.

Caso você seja líder, esteja a caminho do posto ou pense em ocupar essa cadeira em um futuro próximo, compartilho quais são os tipos de líderes que estão se destacando nesse cenário de crise, com base em tudo o que tenho escutado do mercado:

Líder que sabe dizer “eu não sei”

A grande dificuldade dos executivos, incluindo os CEOs, é justamente dirigir uma empresa, de certa forma, às cegas, sem previsão de quando o mercado voltará ao normal e muito menos do impacto disso tudo no médio e longo prazo. É difícil fazer planos sem dados concretos em mãos. Mais difícil ainda é manter as equipes engajadas e motivadas quando a maior parte das pessoas está trabalhando de forma distribuída em suas casas. Somado a tudo isso, existe a crença de que os altos executivos devem sempre saber tudo. Isso faz com que muitos não se sintam preparados para assumir que não sabem algo. Acontece que, especialmente nesse momento, a transparência é o melhor caminho. Até mesmo porque as pessoas sentem quando um líder é verdadeiro ou quando está na defensiva.

Líder humano, empático e confiante, sem ser arrogante

Sempre que um líder olha para os membros da equipe com mais acolhimento, ele tem mais chances de extrair o melhor de cada pessoa. Em momentos de crise, essa atitude do gestor faz com que os liderados sintam menos medo do que está por vir. De uma forma geral, a pandemia tem deixado as pessoas mais abaladas emocionalmente. São muitas notícias negativas, dentro e fora da empresa. Noto que existe um receio no mundo corporativo de assumir a vulnerabilidade, e as lideranças que têm se mostrado mais abertas e mais humanizadas estão engajando melhor os profissionais. É preciso construir relações de confiança e entender os anseios de cada profissional.

Líder que busca conhecimento

Um líder que busca conhecimento por conta própria e se mostra um eterno aprendiz acaba inspirando a equipe a fazer o mesmo. Nesse sentido, é importante, também, buscar formas de contribuir para a superação e o crescimento da equipe, se doando para fazer a diferença na vida dessas pessoas. Lembre-se que um líder que não tem alguém preparado para assumir seu posto terá mais dificuldade para prosperar na carreira.

Líder que sabe se comunicar

Muitos dos problemas que tenho observado nas organizações são oriundos de falhas de comunicação. Se as informações não fluem no ritmo adequado, no fluxo correto e alinhadas a cada público-alvo, a organização e os resultados podem ter sérios problemas.

Líder flexível e criativo

Flexibilidade e criatividade são importantes para pensar em novas formas de gerir o negócio. Tanto para repensar no modelo de trabalho em si, quanto para avaliar se o plano estratégico da empresa precisa de algum ajuste. Nessas características estão implícitas, também, a capacidade de ser um bom ouvinte e se abrir para novas ideias. Líderes que sabem aproveitar o que cada profissional tem de melhor formam times mais fortes. Assim, todos crescem e a empresa enfrenta as adversidades de uma forma mais eficaz.

Líder que aprende com os erros e segue adiante

Já li em algum lugar que “só não erra quem não tenta fazer algo novo” e “para se chegar a um patamar acima, arriscar é muito importante”. Concordo muito com essas duas afirmações. E, no meu entendimento, esse é o momento para rever a estratégia quantas vezes forem necessárias visando acertar o rumo. Fracassar, aprender com os erros e seguir são habilidades muito importantes agora. Todo mundo está aprendendo algo novo.

Líder emocionalmente equilibrado

Cuidar da própria sanidade mental e da equipe é um caminho para fazer com que as pessoas continuem sendo produtivas. Nesse quesito, a questão da transparência é o que costuma gerar mais tranquilidade nas pessoas. Também é importante exercer uma liderança positiva, sem imposições pelo medo e com direcionamentos corretos e metas capazes de serem atingidas. Não esqueça de celebrar pequenas conquistas. Isso aumenta a confiança das equipes ao longo da jornada.

Já li alguns livros interessantes que considero boas fontes de inspiração para quem quer ser um líder ou aprimorar a habilidade de liderança. Como sempre recebo pedidos de indicações desses títulos, compartilharei alguns com vocês: “O líder criador de líderes”, de Ram Charan; “O monge e o executivo”, de James Hunter; “O líder 360”, de John Maxwell; e “Becoming a master manager – a competing values approach”, de Robert Quinn, Sue Faerman, Michael Thompson, Michael McGrath e Lynda S. St. Clair.

A leitura, acompanhada de estudo, prática e conhecimentos técnicos, é sempre um bom caminho para nos transformar em profissionais melhores. Mas, é importante lembrar que, ainda que algum de nós tenha afinidade com algumas habilidades de liderança, ninguém nasce líder. É preciso investir no autoconhecimento para se destacar nessa difícil arte de coordenar pessoas.

Fonte: https://vocesa.abril.com.br/blog/isis-borge/saiba-quais-tipos-de-lideres-estao-mais-valorizados-nesse-momento/

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