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Carreira do jovem: como conquistar o 1º emprego na pandemia?

A pandemia impôs desafios para profissionais de todas as idades e níveis de experiência, mas recém-formados e estudantes têm sido especialmente afetados.

24/08/2020 15h45
Por: Lucas Baptista Fonte: Claudia Gasparini Editora no LinkedIn Notícias

A pandemia impôs desafios para profissionais de todas as idades e níveis de experiência, mas recém-formados e estudantes têm sido especialmente afetados.

Um em cada cinco jovens parou de trabalhar por causa da Covid-19 no mundo, segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entre os que se mantiveram empregados, 23% tiveram a jornada de trabalho reduzida.

No Brasil, o cenário é ainda mais complicado. No primeiro trimestre de 2020, o desemprego na população com idade entre 18 e 24 anos subiu de 23,8% para 27,1%, o que representa mais do que o dobro da média nacional, segundo o IBGE.

Stefano Scarpetta, chefe da divisão de emprego da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), disse em entrevista à BBC Brasil que existe o risco de se criar uma “geração perdida” de jovens profissionais se governos e empresas não reagirem ao problema desde já.

O desafio é enorme. Ainda assim, todos os consultores e especialistas em carreira que consultei ao longo das últimas semanas concordam em um ponto: apesar de tudo, existem oportunidades de trabalho, estudo e crescimento profissional para quem está começando a carreira em tempos tão difíceis.

Mas, antes de falar das soluções, é importante entender mais a fundo quais são os principais obstáculos à frente. Vamos a eles.

 

O que você precisará enfrentar?

O diagnóstico de Luís Abdalla, consultor e mentor especializado em carreira dos jovens, começa pela seguinte constatação: o “novo normal” criado pelo novo coronavírus está levando os recrutadores a priorizar candidatos mais acostumados a trabalhar com autonomia.

“Quem está em início de carreira já tem um obstáculo natural, que é a falta de experiência em uma determinada área”, diz ele. Isso se torna uma desvantagem ainda maior para os jovens na pandemia. “Com o trabalho remoto, as empresas tendem a buscar profissionais mais experientes, independentes, prontos para ‘sair jogando’ assim que forem contratados”, explica Luís.

Outro obstáculo é o que o consultor chama de “efeito cascata”. Em meio à crise, muitos profissionais que foram demitidos de cargos de coordenação ou gerência têm aceitado vagas com nível mais baixo de senioridade — e até salários menores — para permanecerem no mercado.

Esse fenômeno acerta em cheio a empregabilidade de quem está se formando. Isso porque o jovem passa a disputar vagas com profissionais mais velhos e com maior grau de experiência profissional.

As incertezas trazidas pela pandemia também fizeram muitas empresas adiarem ou paralisarem seus programas de recrutamento de jovens, sobretudo entre março e abril, lembra Tiago Mavichian, fundador e CEO da Companhia de Estágios.

“O volume de vagas, que vinha aumentando desde 2019, despencou com a pandemia”, afirma. O número de oportunidades oferecidas pela Companhia de Estágios, por exemplo, caiu 34,5% no primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Agora as empresas estão começando a descongelar seus processos seletivos, mas muitos jovens ainda avaliam a possibilidade de adiar a sua formação em um ou dois anos, com medo de concluir a graduação sem nunca ter feito um estágio.

Não que o panorama estivesse tão favorável antes da pandemia. Sofia Esteves, presidente do conselho do Grupo Cia de Talentos, diz que a crise gerada pela Covid-19 apenas acentuou as dificuldades já vividas pelos universitários e recém-formados diante das instabilidades econômicas do país.

Mas é claro que há dificuldades adicionais agora. Se já não era fácil, conquistar o primeiro emprego se transformou em uma jornada ainda mais desafiadora em meio à quebradeira geral de empresas de diversos setores, cortes de investimentos, ondas de demissões e reestruturações de todo o tipo.

 

▶ Como lidar com esses desafios?

A primeira dica de Sofia é não se cobrar tanto. “Vivemos um momento inédito, então não dá para comparar a busca atual por estágio ou emprego com o cenário que víamos há uns poucos meses”, afirma ela.

Diminuir as expectativas, porém, não equivale a se resignar. Enquanto muitas empresas de fato reduziram ou congelaram as contratações, diversas outras ainda têm realizado processos seletivos. O importante, neste momento, é manter a tranquilidade e a atenção para captar as oportunidades na hora certa.

Para isso, é necessário ter foco e disposição para pesquisar vagas de forma organizada. “Liste as empresas e acesse o site e redes sociais delas constantemente para se informar sobre as oportunidades disponíveis”, recomenda a especialista.

Além dessa busca ativa, também é importante deixar claro para a sua rede que você está procurando estágio ou emprego. “Muitos jovens se sentem inseguros e tímidos para dizer que buscam uma oportunidade, mas é mais estratégico ser ‘cara de pau'”, diz Sofia. Expor os seus objetivos para amigos, colegas, professores e familiares, inclusive, também pode ajudar.

Segundo Tiago, o jovem também pode — e deve — aproveitar os desafios vividos na pandemia como oportunidade de crescimento profissional.

“A pergunta-chave das entrevistas de agora em diante será: ‘O que você fez durante a pandemia?'”, explica. “A sua resposta vai mostrar o seu grau de resiliência diante de situações difíceis, que surgem todos os dias no mundo do trabalho”.

A dica, portanto, é não ficar parado, já que isso certamente contará pontos a seu favor diante de qualquer recrutador.

Uma das principais formas de se manter em movimento na pandemia é buscar cursos, oficinas, palestras, leituras e outras fontes de capacitação. De aulas de idiomas a cursos de programação, não faltam ofertas para se qualificar de forma remota na quarentena — em muitos casos, gratuitamente.

Também vale usar o tempo em casa para refletir mais profundamente sobre a sua vocação e os rumos que você deseja trilhar.

“Busque entender quais são os grandes temas que empolgam e motivam você profissionalmente”, afirma Luís. “Pergunte a si mesmo se você se interessa mais pela área financeira ou por educação, por exemplo, se busca uma empresa do terceiro setor ou um negócio ligado à inovação. As alternativas são inúmeras e o importante é identificar as suas motivações para se capacitar”.

 

▶ Em quais competências mais vale investir?

Na busca pelo seu primeiro emprego na pandemia, é importante prestar uma dose extra de atenção às descrições das vagas — sobretudo no que diz respeito às habilidades técnicas.

Entre as “hard skills” mais solicitadas pelas empresas na crise, os especialistas com que conversei destacam análise de dados, metodologias ágeis e domínio de ferramentas como Power BI, Tableau, Excel, Trello e Zoom, além de conhecimentos em idiomas e noções de programação.

As competências comportamentais, também conhecidas como “soft skills”, também podem fazer muita diferença para conseguir uma vaga.

Segundo Sofia, as principais incluem flexibilidade, criatividade, comunicação assertiva, inteligência emocional e capacidade para resolver problemas complexos.

“Resiliência e habilidade para relacionamentos interpessoais são ainda mais importantes neste momento”,  acrescenta Tiago. “Além disso, é preciso ser capaz de se adaptar a mudanças ainda mais rapidamente, porque isso pode significar o crescimento ou o fim de um negócio”.

Para Luís, o jovem deve se concentrar em ampliar sua capacidade de atuar em diversos cenários, resolver problemas com a ajuda da tecnologia e internalizar a importância da qualificação contínua — em outras palavras, ser capaz de aprender constantemente.

 

▶ Com tanto estresse, como manter o foco no aprendizado?

Investir em qualificação se tornou ainda mais estratégico diante da crise, mas se debruçar sobre os livros ficou muito mais difícil com o isolamento social. Seja na graduação, seja na pós, os jovens se veem diante dos muitos desafios do ensino remoto, que vão desde um sinal de internet de baixa qualidade às dificuldades de adaptação ao modelo de aulas a distância — isso para não falar no acúmulo de estresse e ansiedade na quarentena.

Porém, apesar das óbvias limitações e dificuldades do processo, esse não é o momento para descuidar dos estudos.

“Tente criar um espaço organizado e silencioso, com equipamentos adequados, tudo que o que for necessário para manter o seu foco e a sua produtividade”, recomenda Luís. Outro ponto importante é criar hábitos que ajudem a conciliar as tarefas domésticas com o tempo para imersão e concentração nos estudos.

Na medida do possível, é preciso manter uma rotina de estudos parecida com a que você tinha no ensino presencial.

Fazer pausas, com momentos de lazer e autocuidado, também é importante. “A retenção do conteúdo é otimizada se você estiver tranquilo e feliz, então evite se pressionar a estudar muitas horas seguidas em um mesmo dia”, diz Sofia. Vale buscar ferramentas online de gestão de tarefas, mas também é importante passar algum tempo longe das telas.

Em tempo: ao longo de todo o processo, é essencial buscar o apoio de professores, colegas, amigos e familiares. Isso ajuda a lembrar que a jornada está apenas começando — e que você não está sozinho.

 

por : Claudia Gasparini

 

Fonte: https://www.observatoriopolitico.com.br/noticia/486/carreira-do-jovem-como-conquistar-o-1o-emprego-na-pandemia-

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Dicas para Currículos

7 dicas de como se comportar em uma entrevista de emprego

Dicas também valem durante a pandemia

Mesmo depois de revisar o currículo, estudar sobre a empresa e a sua cultura, revisar as principais atividades da marca no mercado e finalmente ser chamado para uma entrevista, resta mais uma dúvida, sobre como se comportar durante esse processo.
Para Celson Hupfer, CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital, e doutor em Psicologia Social, não existe muito segredo, basta manter a calma e agir o mais natural possível. “Essa etapa do processo costuma ser a mais importante entre o contato do candidato e empresa, por isso, ela costuma gerar bastante nervosismo. Mas é importante que o candidato se lembre que a conversa deve ser a mais natural possível e que deverá agir de modo parecido como em outras situações sociais. O único ponto é que a pessoa deve ficar atenta com sua oratória, demonstrar suas qualidades e os motivos pelos quais ela deve ser contratado”, avalia Hupfer.
Para auxiliar os candidatos durante o processo de recrutamento, o especialista separou sete dicas, que inclusive, podem ser utilizadas durante a pandemia para entrevistas online. Confira:
Seja pontual
A avaliação de uma entrevista acontece antes mesmo desse primeiro encontro. Então, a primeira dica é ser pontual, seja na entrevista presencial ou por vídeo, como estão sendo realizadas durante a pandemia. É preciso ver com antecedência o percurso até o local de entrevista e se programar para chegar com antecedência, levando em conta que podem ocorrer imprevistos. Já para o online, realize testes de áudio e vídeo e se possível, coloque um despertador cinco minutos antes, para não perder a hora, já que como estamos em casa, as chances de se distrair e perder o horário são maiores.
Comunicação verbal
Antes, treine alguns pontos que julga importante falar durante a entrevista. Já no momento deste processo, seja o mais claro e conciso, utilizando tom de voz adequado e respondendo às perguntas do recrutador. A forma como falamos pode transmitir confiança, porém, quando feito de modo errado, pode transparecer timidez ou até, falta de interesse ou sabedoria para determinados assuntos.
Mantenha contato visual
Manter um contato visual pode aproximar você do recrutador, além disso, pode significar a ele autoconfiança e sabedoria em lidar com momentos de nervosismo. Esse tipo de contato ajuda a estabelecer conexão com o contratante e faz com que ele sinta mais empatia com você durante a entrevista.
Permaneça atento
Treine sua atenção para não perder o foco durante a entrevista. Entre as dicas para fazer isso está desligar o celular, ficar longe de relógios e lembrar de tirar chicletes ou balas da boca. No caso da entrevista online, avise os familiares antecipadamente, fique longe de ruídos externos da rua e não fique perto de animais, apesar de serem fofos, eles também podem tirar a sua atenção em uma entrevista.

Roupas
É importante buscar a cultura da empresa, quais os tipos de roupa que utilizam no dia-a-dia, isso te dará uma boa ideia em quais peças utilizar. De qualquer modo, evite roupas extravagantes e itens como chinelo, boné, peças curtas, transparentes ou decotadas. É importante passar uma certa formalidade e demonstrar que você conhece o ‘estilo’ da empresa. A regra vale também para a entrevista online.

Seja natural
A entrevista de emprego é uma conversa natural. Então, atente-se aos sinais que o seu recrutador dá. “Dance a dança dele. Se ele fizer brincadeiras, dê risada e continue com a comunicação visual. Caso ele seja mais sério, permaneça com uma postura parecida. Além disso, lembre-se de não se alongar nas respostas, ao mesmo tempo que não fale de modo tão resumido, não minta, domine seu currículo e fale sobre suas conquistas e expectativas e se tiver dúvidas, questione o entrevistado, não há problemas em fazer isso”, finaliza Hupfer.

Respire!
Parece óbvio, mas durante o processo é comum ficarmos nervosos, ter dor de cabeça ou ansiedade. Por isso, é importante respirar pausadamente antes e durante a entrevista, isso leva ar aos pulmões e cérebro e dá a sensação de calma no corpo. Além disso, também ajuda a controlar outras sensações. A ansiedade, por exemplo, pode fazer a gente a falar demasiadamente ou calar-se mais, contrair o corpo e causar nervosismo e estresse, nosso corpo fala, então também evite cruzar os braços, gesticulações agressivas e desordem com bolsa ou pasta que levou para a entrevista.

 

 

Fonte: https://www.empregosevagasbr.com.br/wp-admin/post-new.php

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Você é seu maior ativo!

Personal Branding é a nova onda do momento

Hoje em dia muita coisa mudou, com a evolução da tecnologia não basta mais apenas um cartão de visita, hoje você deve ser coerente e consistente em absolutamente tudo o que é público. Não adianta demonstrar ser uma coisa pessoalmente e nas redes ser outra. O contratante pode dar um Google em você e descobrir seu perfil.

Com base nisso, existem novas áreas profissionais que buscam adequar o seu perfil pessoal aos seus objetivos profissionais.  É sabido que a marca, por vezes, vale mais do que toda a estrutura física e todos os ativos de uma organização. A lógica se repete para as pessoas. Em um mercado de múltiplas possibilidades, você é o foco de sua carreira e não a empresa a qual representa. Por vezes, nós nos tornamos o “Fulano da Empresa X”. Acontece que a Empresa X pode perfeitamente continuar sem você. Porém, é possível que você não siga em frente sem a Empresa X.” afirma Paula Boarin que é Especialista Personal Branding e Coach.

Basicamente Personal Branding é a gestão da marca pessoal de um indivíduo, sua reputação, seu posicionamento, suas razões para acreditar, seus resultados e assim por diante. Essa manutenção de status deve ser constante, independente se ele está trabalhando ou não.

A também Professora Universitária e Mestranda em Administração, Paula Boarin descreve seis tópicos básicos para começar estratégias de Personal Branding:

1.Identidade: Quem é você? Quais são suas características mais relevantes? Como você construiu e conta sua história? Suas paixões e missão, quais são? Em síntese: por que você está no mundo?

2.Qual a sua oferta? Descreva sua profissão, seus serviços, o que você oferta, quais problemas você resolve.

3.Razões para acreditar: O que faz com que o seu potencial cliente acredite em você? Diplomas, certificações, prêmios, portfólio, resultados, aparições na mídia, trabalho voluntário, experiência no exterior, publicações, números nas mídias sociais (vivemos novos tempos: alguns critérios passam a valer e podem fazer sentido para sua marca pessoal).

4.Posicionamento: Por que você? Quais os elementos que te fazem único? São seus valores, sua proposta de trabalho, suas técnicas, seu modo de atender?

5.Comunicação: Como seu público vai reconhecer você? Identidade visual, imagem pessoal, tom de voz, vocabulário, hashtags próprias, mídias digitais, imprensa, relação com “stakeholders” (influenciadores e formadores de opinião) são meios para essa construção.

6.Audiência: Quem precisa saber? Quais são os grupos mais importantes? Quem influencia os seus “stakeholders”? Consumidores, colegas de trabalho, professores, mentores, recrutadores, seguidores, comunidades, instituições, etc.

É de suma importância filtrar alguns preconceitos que se tem em relação ao marketing pessoal. Geralmente quando pessoas seguras de si se posicionam logo são taxadas de ‘pessoas que se acham’. “Tal atitude não é necessariamente errada, a imagem é somente um fortalecedor, visto que o conteúdo sempre será a premissa.

O Personal Branding torna grande e ostensivo o que você já faz sozinho, seu esforço, seu estudo e dedicação. Expõe o que você faz de melhor. A regra não é seguir regras ou padrões, mas comunicar com frequência e constância sua autenticidade (seu modo de fazer) e seu bom trabalho (o que você faz). Busque ser ético e estratégico e o Personal Branding será uma super ferramenta em seu progresso profissional.” finaliza a especialista Paula Boarin.

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/voce-e-seu-maior-ativo/

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Autoconhecimento: como desenvolver essa competência?

Entenda por que refletir sobre si mesmo é uma ferramenta importante para ajustar sua trajetória e se transformar em uma pessoa melhor

Fonte: https://vocesa.abril.com.br/voce-rh/autoconhecimento-como-desenvolver-essa-competencia/

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O poder do não no processo de amadurecimento

Se não enfrentamos quaisquer obstáculos, não seremos tão fortes como temos potencial para ser

Ser uma pessoa prestativa é uma qualidade extremamente positiva! Mas dizer ‘não’, saber recusar determinada tarefa, demanda ou situação também é uma grande virtude. Existe uma linha tênue entre a prestação e o ultrapassar seu limite. Quem não tem consciência disso e nem a habilidade de dizer ‘não’, além de limitar seu tempo e negligenciar os próprios desejos, pode prejudicar o desenvolvimento e amadurecimento de quem você se importa e faz de tudo para proteger.

Não há nada de errado em ser uma pessoa atenciosa e gentil, aquela que seus familiares e amigos podem contar em diversas situações. A grande questão está em dizer sim com muita frequência e, na mesma medida, não conseguir dizer não. É preciso ter limite.

A história da borboleta que recebeu ajuda de um homem para sair do seu casulo é uma grande lição sobre como devemos enfrentar as dores e dificuldades da vida.

Todos conhecem essa história? Para os que não sabem, vou contar brevemente: certa manhã, um homem percebeu que havia um casulo na parede da varanda de sua casa.

Como parecia estar próximo da transformação da borboleta, ele decidiu observar o processo. Ficou durante muitas horas assistindo à transformação, e percebeu que a borboleta estava com dificuldades, forçando seu corpo através da pequena abertura do casulo, mas não conseguia sair. O homem, então, resolveu ajudar, cortou o casulo com uma tesoura e a retirou.

No entanto, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando, incapaz de abrir as asas e voar. Foi a decisão dele de ‘ajudar’ que impediu uma parte fundamental do processo vital da borboleta: a dificuldade e o esforço para se libertar do casulo são indispensáveis para todas as borboletas, porque permitem que fortaleçam suas asas e estejam prontas para voar quando for o momento certo.

Muitas vezes, a dificuldade é justamente o que precisamos em nossa vida. Se não enfrentamos quaisquer obstáculos, não seremos tão fortes como temos potencial para ser.

Construir atalhos ou evitar que aqueles que amamos passem por obstáculos e dificuldades pode resultar, exatamente, no oposto do que desejamos. Muitas vezes, você e eu ficamos tentando ajudar todo mundo o tempo todo, sendo que o que a pessoa mais precisa é de um momento de pequena dificuldade para amadurecer. Para o próprio bem dela.

Quantos pais fazem de tudo para seus filhos e nunca dizem não? Estão formando homens que não conseguem resolver problemas e mulheres completamente frágeis perante dificuldades. Isso porque não deixam seus filhos passarem por privações, momentos onde têm de resolver seus próprios problemas, seja os mais simples que forem.

É necessário desenvolver sua capacidade de se posicionar e dizer mais não, perceber que as pessoas podem, sim, resolver os próprios problemas. Você é aquela pessoa que tenta agradar todo mundo?

Eu não quero que você deixe de ajudar as pessoas, tornando-se egoísta e centrado em si mesmo. Estou sugerindo que observe se você não está impedindo que alguém amadureça. Também não deixe as pessoas te usarem como escada. Você, em vez de ser bom, se torna o ‘bonzinho’. E saiba: o bonzinho não vence na vida!

Elimine seu vício de querer agradar e ajudar todo mundo o tempo todo e tire o vício das pessoas em pedir ajuda a você, para que elas amadureçam. Você vai ganhar, o outro vai ganhar. É vital que todos passem pelo processo de amadurecimento da borboleta e possam voar.

Wendell Carvalho é Treinador comportamental especialista em gestão do tempo, produtividade e desenvolvimento pessoal

Fonte: https://www.mundorh.com.br/o-poder-do-nao-no-processo-de-amadurecimento/

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O que garante significado no trabalho?

Três fatores são importantes: ter afinidade com um dos nossos talentos, ajudar algo ou alguém e gerar impacto

Publicado em 11 ago 2020, 17h03

O ano de 2020 tem sido tão surpreendente quanto desafiador. Tenho a sensação de que saí de um encontro entre a Marie Kondo e o Charles Darwin, revendo hábitos, processos, pessoas, roupas e coisas que não “me cabem mais”. Junto com a pandemia veio o retrato ainda mais escancarado do tamanho da desigualdade social que vivemos no Brasil e no mundo, além do desafio de repensar o capitalismo em sua essência, o consumo consciente e as nossas escolhas cotidianas. Precisamos considerar, ainda, a urgência de um engajamento ativo na vida política.

É como se tivéssemos levado um chacoalhão da vida e da natureza e, trancados entre quatro paredes, tivemos que encarar tudo aquilo que sistematicamente ignoramos nos últimos tempos. Entre tudo o que vínhamos deixando de lado está a pergunta: “o que você ama fazer?”. Esta reflexão tem muito a ver com a carreira dos profissionais em geral, refletindo diretamente nos resultados e no clima organizacional de empresas de todos os portes e segmentos.

Necessidade recente

A necessidade de nos sentirmos conectados com o trabalho que realizamos é algo bastante recente. Na maior parte da história, a humanidade nunca trabalhou por prazer ou propósito. Éramos cultivadores de terra, recolhendo feno e tosquiando ovelhas. Aqueles, cujos pais eram padeiros ou açougueiros, já estavam com seus destinos profissionais praticamente desenhados. A única razão para se trabalhar era o dinheiro como forma de sobrevivência.

Um bom exemplo ilustrativo dessa antiga dinâmica é o livro As Riquíssimas Horas do Duque de Berry, escrito por volta de 1410. A obra é conhecida como um dos maiores livros de horas, com os acontecimentos lindamente ilustrados durante mais de um ano. Nele é possível ver a representação dos meses de cada ano com os respectivos trabalhos – quase todos agrícolas – a eles relacionados.

Nos tempos modernos, do qual fazemos parte, desde a Revolução Industrial ansiamos por trabalhos que sejam significativos. Passamos a construir as nossas vidas profissionais a partir dos nossos interesses e das nossas paixões. O trabalho ganhou status de satisfação pessoal e propósito, ganhando significativo espaço no nosso dia a dia. Afinal, como escreveu o filósofo Friedrich Nietzsche, o significado da nossa vida é: “nos tornarmos quem realmente somos”.

O que traz significado

Na The School of Life acreditamos que três fatores garantem significado a um trabalho: ter afinidade com um dos nossos talentos; ajudar algo ou alguém, em pequena ou grande escala; e gerar impacto em outras pessoas, na sociedade, no país ou no planeta. Isso nos permite supor que nem sempre um desconforto no trabalho precisa ser resolvido com um pedido de demissão. Talvez, uma sensação de tédio ou de esgotamento possa ser resolvida com um exercício de se conhecer melhor e se analisar pacientemente para se reconectar com valores básicos que permitam a essa pessoa encontrar um propósito no trabalho que executa hoje.

As pessoas sempre trabalharão mais e melhor quando o lado pessoal estiver engajado, ou seja, quando encontrarem um trabalho para amar, ainda que em seu pacote – misturado aos aspectos positivos – tenham situações decepcionantes, complicadas e desafiadoras. Mas, para alcançar esse entendimento, é importante refletirmos mais sobre o motivo que torna o nosso trabalho importante, quais são nossas motivações e os nossos valores, qual é o nosso lugar na organização na qual atuamos e como criar um plano para ampliar a nossa noção mais profunda de propósito.

Não se prive desse entendimento a respeito de você mesmo, principalmente no momento em que estamos vivendo. Como disse Alain de Botton, filósofo, escritor e fundador da The School of Life: “As pessoas só ficam realmente interessantes quando começam a sacudir as grades de suas gaiolas”. Eu, sinceramente, não consigo pensar em um ano que nos tenha exigido mais sobre este discernimento em saber o que queremos amar, com o que nos importar e como usar melhor o nosso tempo. Seja para os negócios ou para a vida, é sempre importante sabermos o que desejamos.

Fonte: https://vocesa.abril.com.br/blog/jackie-de-botton/voce-sabe-mesmo-o-que-ama-fazer/

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Dicas para Currículos

Perdeu o emprego durante a pandemia?

Especialista dá 6 dicas valiosas para ter um currículo impecável

A crise desencadeada pelo COVID-19 fez com que muitas pessoas perdessem seus empregos: segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal divulgados pelo IBGE, o Brasil perdeu mais de 7,8 milhões postos de trabalho no primeiro semestre de 2020. Pela primeira vez na história, menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada, isto é, o número de empregados com carteira assinada caiu para o menor nível de todos os tempos.
Pensando em dar dicas para quem busca uma recolocação rápida no mercado de trabalho, o coordenador de Recursos Humanos da Anhanguera Itaquera, Rodolfo Oliveira, elencou as dicas mais valiosas para construir um currículo de qualidade, que é um bom início para conseguir um novo emprego mesmo em tempos difíceis.
  1. O Formato

Mantenha a simplicidade no formato

Para a maioria das vagas, o layout e estética do currículo são secundários. Apesar de ser muito bom olhar para uma página bem diagramada e coerente, o conteúdo do seu currículo é o que realmente importa – e muitas vezes ele pode ser ofuscado por uma cor muito forte, imagens ou mil diagramas e formas. Na dúvida, opte pelo simples: uma página em branco com letras pretas bem dispostas, títulos sinalizados e tópicos coerentes.

Não ponha fotos no currículo, a menos que seja exigido pela empresa. E no caso de ter que incluir sua foto, tente usar uma simples em que você pareça natural e simpático. Evite selfies, fotos em trajes de banho, em viagens, festas ou no espelho. Uma simples imagem com boa luz e fundo neutro podem contar muito mais a seu favor.

  1. Formação, com equilíbrio

Preze por descrever os cursos e certificações mais recentes da sua experiência. Não é necessário colocar todo o seu histórico – desde o berçário, passando pelo jardim e ensino fundamental, mas é bem-vindo apontar especializações que você possa ter feito após a graduação. Se você estiver se candidatando para estágio, indique o semestre em que você se encontra, o seu turno e se há a possibilidade de alterá-lo.

  1. Experiências (ou a falta de)

Para quem está em busca da primeira oportunidade profissional, uma das principais dicas para criar um currículo é enriquecê-lo com outras qualificações — estágios, cursos de idiomas, ações voluntárias, intercâmbios, especializações, Workshop, treinamentos e outras habilidades. O ideal é usar a sua vivência na faculdade como diferencial e deixar claro que você está em busca de uma chance para mostrar todo o seu potencial.

 

  1. Seja objetivo

Se imagine no lugar do seu recrutador. É comum ao anunciar uma vaga, que uma empresa, principalmente as mais renomadas, recebam dezenas de currículos diariamente. Com tantas opções para analisar, tudo o que eles menos desejam são currículos com duas ou três páginas recheadas de experiências e cursos que não se encaixam naquela vaga específica.

Ao organizar as informações, facilite o trabalho de leitura e de interpretação do avaliador. Acrescente apenas os cursos, experiências profissionais e formações que sejam diferenciais e importantes para aquela vaga. Por exemplo, se você está se candidatando a um cargo ou a um estágio em Administração, um curso de interpretação teatral não vai te ajudar a conquistá-lo.

 

  1. Observe a linguagem

Nada mais comprometedor para um profissional do que apresentar um currículo com erros de português. Invista em uma revisão detalhada de todo o seu currículo. Se não tem certeza sobre a grafia de determinada palavra, consulte-a em algum dicionário online ou ainda, peça ajuda de alguém especializado. Só não vale enviar o arquivo com erros para o avaliador.

  1. Simplicidade é o melhor caminho

Currículos imensos, cheios de palavras difíceis e detalhes desnecessários não impressionam ninguém – pelo contrário, se perdem na pilha de outros candidatos . Às vezes, na tentativa de chamar a atenção do avaliador, acabamos exagerando na quantidade de informações e o resultado disso é que o documento acaba na lata do lixo.

Use palavras simples e corriqueiras, fuja dos rebuscamentos. Seja prático, objetivo e passe a ideia de eficácia. Uma boa carreira começa com um bom currículo. Boa sorte!

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/perdeu-o-emprego-durante-a-pandemia/

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Como mudar o rumo da sua carreira?

Seja para trocar de setor de atuação, seja para mudar de função, uma transição de carreira exige planejamento. Veja quais são os caminhos possíveis

Eu tenho recebido muitas dúvidas sobre como mudar de área, ou de setor de atuação, ou até mesmo como recomeçar em algo totalmente novo. Diversos profissionais estão nesse momento de decisão para redirecionar o rumo de suas carreiras.

É interessante, porque como passei por algo semelhante, consigo ter empatia de entender as razões que fazem alguém querer mudar. Para quem não sabe, eu sou formada em engenharia mecânica, trabalhei mais de sete anos em montadoras em áreas bem técnicas e decidi mudar radicalmente a minha carreira ao me tornar headhunter, profissão na qual atuo há mais de nove anos e na qual pretendo permanecer pelo resto da minha vida. Como headhunter, aproveito cada segundo dos meus dias, é algo prazeroso. Costumo dizer que encaro a profissão de headhunter como um estilo de vida.

Em contrapartida, converso com pessoas dos mais diversos históricos profissionais e posso dizer que algumas pessoas não estão felizes com o seu trabalho, não se sentem realizadas e ao mesmo tempo nem todo mundo sabe o que quer de fato fazer na vida para poder ser mais feliz.

O primeiro passo para mudar é saber o que quer. Percebo nas entrevistas que as pessoas normalmente têm uma série de insatisfações com o seu emprego atual, mas na hora que respondem “o que você quer para a sua nova oportunidade” ou “qual a oportunidade de emprego ideal” a maioria não sabe o que dizer.

Então, pare para pensar nisso em primeiro lugar: será que é a atividade em si que você não gosta ou será que é o lugar onde você faz essa atividade que talvez tenha pontos que não te fazem bem?
Se for a empresa, vale tentar a mesma função em outro lugar. Se for a função em si, aí sim é preciso pensar em um novo foco profissional.

 

Network
Uma das atitudes mais importantes é em ampliar o network com pessoas que atuem no setor ou área que você deseja trabalhar, para entender mais do setor em questão e definir se de fato é isso mesmo que gostaria para a sua carreira. Tem várias formas de ampliar esse network, se inscrever em cursos da área, ir em eventos do setor, pedir para ser apresentado por alguém que conheça as pessoas do segmento.

O headhunter é, na verdade, um network também. Quando alguém contrata um headhunter, está contratando o network daquele profissional para chegar em pessoas que sozinho não é possível acessar. Então, da mesma forma que os empregadores buscam os headhunters, o profissional que deseja uma movimentação de carreira também pode procurar um headhunter, para que ele o tenha no radar para novas possibilidades.

 

Analisar as habilidades técnicas da nova área
Caso um profissional de finanças queira atuar em marketing, o primeiro passo é estudar o que as pessoas que trabalham em marketing geralmente têm de cursos no currículo, e quais são suas hard skills (habilidades técnicas). Após esse estudo prévio, é preciso direcionar o currículo para isso. Ou seja, listar as opções de cursos de curta e longa duração e se dedicar a isso. Os cursos também vêm como um plus, que é o network de pessoas daquela nova área.

Cada área tem o seu benchmark do que geralmente as pessoas estudam. Para compras ou vendas, por exemplo, às vezes um curso de curta duração de habilidades de negociação pode ser interessante. Para a área de Gestão de Projetos, ter a certificação do PMI vai ajudar muito a abrir as portas, assim como o AIPCS para o Supply Chain.

 

Se o foco for mudar de setor
É preciso conversar com pessoas desse novo setor para entender se existe alguma intercambialidade ou se é preciso dar alguns passos atrás em termos de cargo e remuneração para essa mudança.
Algumas áreas são mais fáceis de migrar drasticamente de setor, como Finanças ou RH. Já para áreas mais técnicas, como a Engenharia de Produto, as mudanças são mais restritivas e é preciso pensar em setores que tenham alguma similaridade. Por exemplo os setores automotivo, de bens de capital e até mesmo óleo e gás conversam melhor entre si. Da mesma forma um P&D de cosméticos é mais intercambiável com o setor farmacêutico e algumas áreas de bens de consumo como home care e alimentos.

Essa migração pode ser fácil ou difícil, é preciso pesquisar com pessoas que atuam nesse novo setor, ou com um headhunter experiente, sobre a possibilidade de migrar. Uma advertência importante é: enquanto estiver fazendo essa pesquisa, evite falar disso para as pessoas da sua empresa atual, só comente quando de fato tiver certeza de que tem interesse na mudança e, inclusive, já tiver um novo convite em vista.

Um ponto que ajuda aqui é que muitas empresas têm mudado a forma como conduzem seus processos seletivos contratando muito mais pelo perfil comportamental do que pelo técnico, e apostando que as pessoas são capazes de aprender o técnico de cada área e de produzirem bem. Nesse ponto a empresa ganha também, pois consegue moldar aquele profissional da forma como achar que funciona melhor.

 

Caminhos alternativos ao mundo corporativo
O mundo muda em uma velocidade grande e da mesma forma todos os dias vemos empresas novas surgindo e muitas tendo sucesso atuando em nichos que eram “oceanos azuis”. O empreendedorismo pode ser um caminho interessante, por exemplo. Não digo que é o caminho mais fácil, mas pode gerar muito propósito e de fato mudar a vida de uma forma radical.

Converso com muitos donos de empresas e vejo que todos têm em comum a obstinação de fazer aquele negócio dar certo. O sucesso vem com muitas tentativas e erros, muitas noites mal dormidas, mas pode ser que esse seja o seu caminho. Pense a respeito. Se esse for o desejo, estude bem sobre o seu negócio para empreender. E de preferência foque em algo novo.

Um livro que dá bons insights nesse sentido que eu adoro é A Estratégia do Oceano Azul de W. Chan Kim. E outra recomendação para quem não tem ainda uma noção muito clara de como montar um plano de negócios, outro livro que acho super fácil a leitura e ensina a construir um plano de negócios de forma simples é O Segredo de Luisa, de Fernando Dolabela.

O mundo acadêmico também é um caminho que vejo bastante gente se encontrando. Tenho um amigo que atuava em banco de investimentos com M&A e abriu mão de tudo para lecionar em cursos de graduação e pós-graduação, e é mais feliz assim.

Para ir nesse rumo, é mandatório ter mestrado e em alguns casos doutorado. Vale a pena planejar essa guinada. Não é preciso fazer um mestrado muito técnico, você pode pensar em temas que tenham a ver com o seu trabalho atual e fazer um mestrado relacionado. E depois disso, tendo o título stricto sensu, pleitear vagas como docente e quem sabe ajudar a formar essas novas gerações.

 

Consultoria
Alguns profissionais querem empreender, mas dentro das suas áreas de atuação. Uma forma para fazer isso é abrir a sua própria consultoria em algo que você domine muito e por meio do network executar projetos para empresas. Se a pessoa não for tão sênior a ponto de ser reconhecida como um especialista naquela área, vale estudar os processos seletivos das grandes consultorias que atuam no mercado para começar a atuar em projetos para grandes empresas, mas estando dentro de uma corporação mais estruturada.

Trabalhar por projetos de curta duração e investir o tempo livre entre um projeto e outro em viagens ou hobbies. Esse é um desejo que vejo bastante nas gerações mais novas, que não necessariamente têm o sonho de construir carreira em uma corporação tradicional. Essa também é uma decisão viável. Empresas como a Assigna empregam pessoas por tempo determinado em funções específicas. Mas é importante a pessoa também ser um especialista em alguma área de atuação, seja por exemplo na área tributária ou até mesmo em TI, como um desenvolvedor de um tipo de linguagem.

 

Conselhos administrativos ou consultivos
Esse é um caminho almejado por muitos CEOs e costuma ser interessante também como um foco de carreira. Para ser um conselheiro, a experiência prévia conta bastante e é uma alternativa viável inclusive para ser levada em paralelo com a vida executiva.

É comum vermos conselheiros que também são CEOs ou diretores de empresas, desde que não exista conflito de interesses. Para ser conselheiro, o primeiro passo é buscar cursos nesse mercado e, de preferência, tirar a certificação de conselheiro profissional. E pelo network – seja de um headhunter (nós fazemos muitas vagas de conselheiros) ou pelo seu próprio network – é viável conseguir uma vaga interessante.

Nesse momento, muitas empresas estão revendo os seus conselheiros e constituindo novos conselhos. Então, é um bom período para refletir sobre essa alternativa.

Independentemente da opção que você pensar, saiba que talvez não seja tão fácil. É preciso ter coragem para ouvir críticas das pessoas próximas e determinação para seguir adiante. Mas lembre-se sempre que para atingir o sucesso pessoal, é preciso a ação. Mãos à obra!

 

Fonte: https://vocesa.abril.com.br/blog/isis-borge/como-mudar-o-rumo-da-sua-carreira/

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Dicas para Currículos

Dicas de como fazer o pitch perfeito na entrevista de emprego

O pitch se tornou um termo bem conhecido e usado no mundo dos negócios, seja para apresentar sua empresa/produto com maior precisão ou até mesmo para se apresentar de forma efetiva durante uma entrevista de emprego

A entrevista de emprego é um processo que começa antes mesmo da conversa com o recrutador. E com isso, é necessário que o candidato se prepare com antecedência para realizar o pitch. Guilherme Junqueira, Fundador e CEO da Gama Academy, lembra que “a busca por um novo emprego se inicia desde a análise das vagas. O candidato deve escolher efetivamente quais oportunidades têm mais conexão com seu perfil, acreditar no propósito da empresa, além de estudar profundamente tudo sobre a companhia”.

O pitch se tornou um termo bem conhecido e usado no mundo dos negócios, seja para apresentar sua empresa/produto com maior precisão ou até mesmo para se apresentar de forma efetiva durante uma entrevista de emprego. A crise causada pela pandemia levou a um aumento na busca por novas oportunidades e as pessoas precisam se destacar neste cenário e preparar um discurso objetivo para as entrevistas virtuais.

Para ajudar neste processo de preparação, o CEO separou cinco dicas para realizar um pitch perfeito durante a entrevista de emprego. Confira:

 

Seja natural
Durante a conversa, entenda que sentir nervosismo é normal, mas busque manter a calma e ser o mais natural possível. Não tente ser a pessoa que o recrutador quer ouvir e sim você mesmo.

 

Seja objetivo
Tenha um interesse genuíno na conversa, procure ouvir bastante e com atenção o que o recrutador perguntar. Não dê voltas, não conte a sua história desde quando era criança. O que o recrutador perguntar, diga! Não significa ser extremamente sucinto, mas sim, ir direto ao ponto.

 

Seja transparente
Em perguntas que realmente falem de coisas mais delicadas, como os seus pontos fracos ou o que aconteceu na empresa anterior, procure ser o mais transparente possível. Não seja um personagem e nunca fale mal da outra empresa que você passou, mas deixe claro o que aconteceu sem expor de alguma forma pessoas ou a própria empresa.

 

Fale seus pontos fracos e fortes
Tenha de fato na ponta da língua as questões de autoconhecimento, que são coisas que você precisa desenvolver, tanto do aspecto técnico quanto comportamental. Traga exemplos de experiências anteriores, boas e ruins, e apresente ao recrutador quando ele perguntar sobre esses pontos.

 

Esteja disposto a aprender
Mostre-se uma pessoa totalmente disposta a aprender mesmo sabendo de todas as coisas ou não. Demonstre entusiasmo com a oportunidade e que irá se dedicar ao máximo, independente das skills que já tem conhecimento.

Para Junqueira, a grande missão de uma primeira entrevista é conseguir uma segunda. Então, brilhe e faça um pitch perfeito!

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/dicas-de-como-fazer-o-pitch-perfeito-na-entrevista-de-emprego/

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Dicas

Entender e respeitar a diversidade no ambiente corporativo, uma questão urgente e necessária

É preciso ter, mesmo que minimamente, alguma diversidade no ambiente corporativo, porque só pela diversidade podemos evoluir

O tema “Diversidade” é muito mais profundo do que uma simples definição de dicionário. Dizer, tão somente, que di.ver.si.da.de pode ser “a qualidade daquilo que é diverso, diferente ou variado”, ou que pode representar “um conjunto variado ou uma multiplicidade” é tão raso quanto uma poça d’água. Quando falamos de diversidade, é preciso inicialmente entender por que ela faz toda a diferença. E porque ela é tão essencial no mundo corporativo.
Diversidade, para mim, é a capacidade de ouvir outros pontos de vista sobre os mais diversos assuntos. É ter a sensibilidade para assumir o olhar do outro perante uma situação. No ambiente organizacional, respeitar a diversidade nos torna mais eficientes – ou porque mitigamos erros, ou porque identificamos algo que outras pessoas não perceberam, ampliando assim a nossa visão de mundo e nos ajudando em momentos cruciais de tomada de decisão. Quando somos “uniformes” – no sentido de sermos “únicos” -, só temos um ponto de vista, o que pode ser limitante e prejudicial. Tratar de diversidade é essencial para nos dar a capacidade de tratar de questões mais amplas, e que vão muito além de gênero, orientação sexual ou raça. Falar de diversidade é tratar de todos os elementos que compõem os seres humanos, e se você quer fortalecer a estrutura, a imagem e o funcionamento do seu business, é preciso entender que um negócio é, inicialmente, formado por seres humanos.
É preciso ter, mesmo que minimamente, alguma diversidade no ambiente corporativo, porque só pela diversidade podemos evoluir. Porque só ouvindo uns aos outros, e buscando as ideias de um outro que seja “diferente”, é que podemos formar uma opinião. Permitir e estimular a diversidade requer sabedoria em respeitar o que é diferente de nós – algo que não só é um tema delicado, mas que também pode estar associado a muita dor.
A beleza da diversidade é respeitar a unicidade do outro, porque cada ser humano, em suas condições físicas, corporais e de pensamento, é único. Precisamos, no entanto, ser criativos, e não tratar o tema apenas na esfera do gênero e da opção orientação sexual. Precisamos falar abertamente e sem medo das pessoas com deficiências físicas em suas muletas e cadeiras de rodas, dos autistas, dos cegos com seus bastões, dos surdos e dos mudos, dos transexuais e dos gays, das pessoas pretas e dos indígenas, das pessoas que professam religiões e crenças que não são muito comuns por aqui. Precisamos falar, com muita urgência, das pessoas que têm diferenças que a gente não consegue identificar a olho nu em um primeiro momento, mas que são discriminadas mesmo em sua invisibilidade. Precisamos falar, e agora, da multiplicidade de pensamento para além das bandeiras que já estão erguidas.
Existem questões urgentes que precisam ser tratadas, tais como os revanchismos por classe social e por diversidade de renda, que infelizmente são comuns nos ambientes corporativos. É ilusório pensar que as pessoas não são tratadas de forma diferenciada por isso, mas, sim, elas o são. E por que isso não é considerado uma forma de preconceito? Indo mais além, por que um diretor é mais respeitado do que alguém da base em uma reunião de trabalho ou na resolução de um problema? Isso também é um preconceito!
Questões estruturais, como a discriminação racial, por classe social e por posição hierárquica persistem, e certamente ainda persistirão por um bom tempo. Mas, como em qualquer situação na vida, grandes transformações começam por meio de pequenos passos, e coisas simples certamente podem ser feitas para mudar isso. O primeiro passo é combater, custe o que custar, a segregação, mesmo que em coisas simples, tais como uma cor diferenciada de crachá, por exemplo. A partir do momento em que você iguala os colaboradores, mesmo que por uma coisa simbólica – como no caso de um crachá -, você vai ao encontro do respeito à diversidade. Parece utópico? Pode ser. Mas o estímulo à diversidade requer erradicar a cultura do preconceito, do micro ao macro.

Uma organização “doente” não gera boas referências, não deixa legados positivos para a sociedade na qual está inserida e os seus produtos ou serviços são automaticamente linkados a este histórico de decrepitude. A questão, nestes casos, não é se essa “morte” vai ocorrer, mas, sim quando ela vai acontecer.

Sabe por que falar de diversidade pode ser tão difícil? Porque ela mexe com o nosso íntimo e com os nossos valores de criação. Requer assumirmos que temos preconceitos enraizados, e isso não é politicamente correto. Uma empresa só consegue evoluir se tiver a capacidade de lidar com a questão em profundidade e, para isso, precisa se desprender de valores ultrapassados, ou que a impeçam de exercer esse poder de observação. Por trás disso tudo está a empatia, que nada mais é do que saber vivenciar o universo do outro e, sem dúvida alguma, o nosso passaporte para entendermos quando, como e do que temos preconceito. É a empatia o que nos estimula a ter os insights, e é vivenciando situações que nos provoque e que nos projete para fora da nossa zona de conforto, da nossa bolha, é o que nos faz virar a chave.

Ao lidar com as questões que decorrem da diversidade, nossas vidas profissionais se transformam. É mudando o mindset, é nos transformando de dentro para fora que tomamos consciência de que somos apenas uma parte de um todo. Entender o nosso “tamanho real” diante de uma situação é um processo longo, mas que eu asseguro que vale a pena.

A dica que dou para os meus colegas gestores que querem olhar para a diversidade, mas não sabem nem por onde começar, é observar a dinâmica e como as pessoas agem. Depois, é tentar entender como você gostaria que determinadas situações se desenvolvessem para, enfim, falar com as pessoas e dialogar com as rotuladas minorias, para finalmente entender como que ela se sente.

Pode soar piegas, mas querer o bem – ou, apenas, não fazer o mal – aos colegas com os quais convivemos minimiza impactos, principalmente quando falamos da delicada relação entre lideranças e liderados. Quem exerce um cargo de comando passa a ser referência para a sua equipe, um espelho que pode ser benéfico ou prejudicial. Trabalhar e lidar com pessoas é mexer com emoções, e temos sempre que ter em mente que aquilo que geramos em outro ser humano pode se transformar em um legado cruel e destrutivo.

O assédio moral, que é algo corrosivo porque destrói a autoestima de outrem, não é só uma ofensa ou um xingamento, mas, sim, o ato de minimizar a condição do outro. Inferiorizar um colega de trabalho com um pensamento, com uma postura ou com um preconceito (velado ou declarado) envenena até a mais saudável e lucrativa das empresas.

Faça as suas escolhas para deixar o melhor legado possível para aqueles que estão ou estiveram com você.

Por Ana Alice Limongi – Diretora de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Neobpo

 

Fonte: https://www.mundorh.com.br/entender-e-respeitar-a-diversidade-no-ambiente-corporativo-uma-questao-urgente-e-necessaria/

 

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